segunda-feira, 21 de julho de 2008

Conto de Fadas de Sintra a Lisboa

Ele era um cavalheiro todo ele transpirava elegância
Ela era gata borralheira tivera que limpar a sua infância
Ele viajava no verão e esquiava no inverno
Ela trabalhava ao balcão de um qualquer estabelecimento moderno

Ele gostava de reluzir em si o estilo da capital
Ela já não conseguia distinguir as cores da bandeira nacional
Ele tinha entre os seus títulos uma futura ordem do infante
Ela achava o levantar do dedo mindinho algo deselegante

Mas ele um dia curvou-se a seus pés 4x

Ela passou a ocupar o tempo a descobrir o que era a cultura
E ele confinou-se aos seus aposentos e descobriu a costura
Ela quis saber entender o universo e começou a ler Platão
E ele resolveu perceber o que era a justiça em frente à televisão


A ele de nada lhe valeu a aparência nem a casa do largo do Rato
Porque ela sabia que era Cinderela e enganou-o com um sapato
Ele que um dia fora príncipe agora rendia-se à evidência
Com mulheres que calçam o 40 é melhor revelar prudência

Hoje ele ainda beija seus pés 4x

* Queluz no seu melhor, Pontos Negros

1 comentário:

Anónimo disse...

muito bom!